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terça-feira, 25 de outubro de 2011

Um tempo de ideais

Sou do tempo da fita cassete e do disco de vinil. um tempo em que as crianças brincavam na rua de queimada, soltavam pipa, andavam de trole e de bicicleta sem medo. Corriam descalços na rua, tomava banho de mangueira, subia no pé de jabuticaba, de manga e nem por isso ficavam doentes. No meu tempo, os jovens lutavam por uma causa, tinham ideias e ideais. Eram determinados e transformadores. As famílias eram mais sólidas. Os pais apoiavam os professores e castigavam os filhos quando desobedeciam. Naquele tempo professor tinha status, era respeitado em qualquer lugar e os pais tinham autoridade. Horário para os jovens saírem de casa era às 20:00 e tinham que voltar no máximo às 23:00. Quando tinha baile, começava às 22:00 e tinha que estar em casa no máximo 00:30. As escolas eram mais calmas. Todo aluno tinha que saber o hino nacional, saber se organizar em fila por ordem de tamanho. E quanto aos conhecimentos? Aquele que não sabia ler era reprovado na 1ª série. Tinha uma supervisora responsável por avaliar a leitura de cada aluno. Na 2ª série, o aluno tinha que saber a tabuada. E nenhum aluno sofreu qualquer trauma ou sequela por ter que copiar centenas de vezes os fatos fundamentais, os grupos ortográficos ou as leituras.As crianças respeitavam os mais velhos chamando-os de senhor ou senhora. Sem contar que em casa, havia horário para as orações, para os estudos, enfim, eram outros tempos, outros valores...
Sinto falta desse tempo! 
Tantas mudanças acontecem e com isso os valores vão se perdendo. Hoje dizem que chamar os mais velhos de senhor ou senhora é errado, que é preciso falar com os jovens num patamar de igualdade. Não se vê mais famílias sentadas à mesa fazendo orações antes das refeições. Não se vê mais, as famílias na sala de televisão vendo juntas o mesmo programa. Não se vê mais alunos respeitando professores. 
Quais serão as próximas mudanças? Como ficará o mundo? Quais os valores os pais estão repassando para os filhos? Quais as causas pelas quais os jovens lutam?
É hora de pensar e rever os valores que estão sendo repassados. É hora de voltar no tempo e utilizar "essas coisas" ultrapassadas para moralizar esse mundo!

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Valorize o profissional da Educação

          Nenhuma profissão nesse país é tão desvalorizada quanto a do professor. Médicos, engenheiros, músicos, atores, cientistas, entre centenas de outros profissionais são demasiadamente elogiados por seu trabalho. Mas é fácil esquecer que para chegar onde estão passaram pelas mãos de muitos professores. Foi com um professor que aprendeu a escrever as primeiras palavras. Através de um professor descobriram a magia de ler. Com a dedicação de um professor buscaram se aperfeiçoar mais e mais e se tornaram mestres dentro de suas habilidades e competências. Será que se lembram do seu primeiro professor? 
          A questão que mais me aguça a curiosidade é saber se os políticos, em especial o ministro da educação se lembra de seus primeiros professores. Essa é uma duvida que está na mente de milhares de educadores nesse país. A desvalorização não é só no contra-cheque não. Ela também está estampada nos noticiários, através de reportagens que massacram ainda mais a imagem do professor. O bullyng hoje é mais falado que os projetos que se aprovam no Senado. Esse termo utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo se tornou alvo da mídia. Mas não mencionam que professores também são vítimas de bullyng.
          É fácil para nossos ilustres políticos brigarem para terem aumento salarial de 70  ou 80% enquanto que os professores lutam e conseguem no máximo 5%
         Ser  professor é dedicar tempo, afeto, preocupação aos seus alunos. Ser professor é transmitir aquilo que sabe com satisfação e também aprender com os alunos. É saber lidar no dia-a-dia com diversas habilidades, conhecimentos, dificuldades e ao mesmo tempo mostrar que tudo vale a pena e que isso não passa de um simples relacionamento com duração de 200 dias. Professores, sejam eles marcantes ou não, merecem ser lembrados, merecem o reconhecimento.